Ornatos Violeta...afogo-me em letras que traduzem o que a minha alma não escreve. Ouço amores, dores, anseios e loucuras na voz de Manuel Cruz, palavras que poderiam ser minhas, mas que eu não queria. Não.
Roubaram-me parte do coração. Como é possível, se o não tenho? Fria, chamam-me. E agora....derreti quando uns lábios mornos tocaram os meus.
Lateja em mim, na minha cabeça, no meu peito, em algo ainda mais dentro, mais fundo, uma dor de sonho caído. Mas que sonho? Quando o ergui?
Num dia, numa hora, num minuto. Aquele minuto. Não o encontro. Se o encontrasse, não construia alicerces para o que viria a ser um castelo sonhado.
Derrubado, como um castelo de areia que uma criança com um simples balde eleva na praia, e que as ondas gélidas tocam...como um "não" toca quando o "sim" queremos ouvir.
Como me dei assim, porque me dou assim, logo, tanto? Devia evitá-lo, manter distâncias quando proximidade procuro, fechar-me em mim quando quero ser, ter, dar, receber.
Mas não sofrer. E no fim, pagamento com juros de carências que não matei.
Não evito, porque sou eu. Fui eu. Só.
Enfim..."Fala FIM mas com determinação".
E falaste. Disseste "Não".
"Bastava um dia p'ra mostrar quem sou
Embore ignore agora com quem vou"...-Ornatos Violeta
(Exageros grandes de alma pequena. Ou maior. Minha)
1 comentário:
Exageros grandes ou pequenos. Não interessa. Exageros teus. Sentidos e acima de tudo, válidos.
Um beijo grande*
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