domingo, janeiro 29, 2006

Sweet winter day...

Hoje há neve no jardim...
Oh....Sweet winter day....

terça-feira, janeiro 24, 2006

"Hoje acordei, e senti-me sozinho". Palavras de Pedro Abrunhosa. Esta música poderia ter sido escrita por mim. Mas, provavelmente por falta de talento, as mãos não escrevem, e a alma plagia.
Vou no autocarro, a paisagem renova-se, enevoada para os meus olhos, estáticos e pensativos, ao som de Aimee Mann. (Sei que citei Pedro Abrunhosa...mas não o estou a ouvir).
Inadaptada, irritada, triste. Não queria sentir-me assim. Mas sinto. Contrario tendências loucas, desejos mórbidos de desaparecer. Não. Não matar-me, apenas cometer suicídio social, pegar numa mochila e partir para bem longe. "Vou em busca de mim", dizem os corajosos. Sou cobarde, o Mundo chama-me e eu fujo dele. Estou sempre a fugir. Justifico as minhas pressas através dos compromissos que tenho, pelas mil e uma actividades onde me envolvo. Mentira. Fujo, e nem sei de quê! Se ao menos soubesse...cessavam depressões, chegavam sorrisos, ouviam-se risos...os meus.
Pára de mentir. Tu és uma cobarde.

"Quando a noite está a chegar, é difícil não chorar..." (Pedro Abrunhosa)

sexta-feira, janeiro 20, 2006

E se eu dissesse...

E se eu dissesse que gostei de ti?
E se eu dissesse que já te esqueci?
Acreditavas em mim?

E se eu dissesse que gosto de ti?
E se eu dissesse que nunca te esqueci?
Acreditavas em mim?


E se eu dissesse...
E se eu não dissesse?

Acreditavas em mim?!?




(Pensando no impacto das minhas palavras...ou da falta delas.)




sábado, janeiro 14, 2006



Tempo vencido
Passado apagado
Luz no túnel da noite
A eternidade a teu lado


Esta sou eu quando tinha quinze anos. Aliás, não sou, fui. Porra, como alguém muda completamente em quatro anos. Quem fui reflecte o oposto de mim. Quase todas as minhas convicções adolescentes desapareceram.
Costumava ser uma crente, acreditava no futuro, ansiáva-o, pensava saber que o tempo era o meu melhor amigo, e que um dia ele me traria ideais, amores, o conhecimento do Bem e do Mal, que em mim se evocaria a génese de tudo, e que eu realmente seguiria a eternidade sob um céu de felicidade inquestionável, reluzente.
Hoje, não vejo a "luz" que dizem surgir em cada amanhecer. Para mim, tudo é escuro.
Sou céptica, desconfiada, e esta incerteza de que os outros, o Mundo, possam um dia me aceitar como sou, plenamente, sem me pretenderem moldar de acordo com os seus próprios desejos, conduziu-me à margem do meu "eu".
Sou um excerto, amputaram-me parte da alma.
Imploro a qualquer almalogista que me cure.
Quero deixar de ser uma sombra.
Imagem retirada do Google