quarta-feira, setembro 28, 2005

Só hoje

Estou feliz! Dizem não perceber porque estou sempre insatisfeita, revoltada com tudo. Hoje, nem eu entendo!
Acordei com a sensação de que o Mundo era meu amigo, aquele sentimento que nos invade quando nos abraçam e dizem: "Gosto de ti!".
O Mundo abraçou-me. E eu retribui com o mesmo carinho e calor com que um raio de Sol nos toca em dias cinzentos. Sei que as brigas virão, amanhã tudo o que me incomodava ontem vai entrar pela janela do meu quarto, e não vou sorrir ao novo dia que me espera.
Mas enquanto o amanhã não chega, agradeço a luz que me ilumina a alma e aquece o corpo, luz que me afasta das trevas que sempre me acompanham.
Só hoje, esqueço a noite que amo.
Só hoje.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Obrigado



Para mim
hoje é dia
de saudade...


Obrigado por me teres feito tão feliz.

sábado, setembro 24, 2005

Por um instante, suspirei por ti. Um acorde ouvido há segundos lembra-me o teu sorriso, e outro suspiro sucede-se.
Tenho de parar com isto. Esta inspiração forçada de um ar que não te trás para mim, apenas exige uma expiração forte, determinada, igual à vontade de te esquecer.
Mas, inevitavelmente, a minha respiração desobedece à razão, seguindo a desordem dos meus batimentos cardíacos.
O sonho para onde a música me transporta termina, e nesta realidade à qual ainda não pertenço, faz-te desaparecer.

(Estranho poder o da música que adoro...)

quarta-feira, setembro 21, 2005

"Abre a tua porta, não tenhas medo
Tens um mundo inteiro à espera para entrar
(...)

Olha em frente e diz-me aquilo que vês
Reflexos de quem conheces bem
Ouve essa voz é a tua voz
Dá-lhe atenção e a razão que tem

Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não o podes parar nem tens nada a perder
Estás de passagem
Não o leves a mal se te manda avançar
Talvez seja um sinal que não podes parar
Estás de passagem

Vai aonde queres
Sê quem tu quiseres

(...)"

Pólo Norte "Deixa o mundo girar"
Às vezes é preciso ler nos outros aquilo que necessitamos para nós próprios.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Vulgar

Não sou especialmente simpática, não sou especialmente bonita, não sou especialmente inteligente.
Não sou especialmente culta, nem sou especialmente dotada de nenhum talento em particular.
Concluo que sou de uma vulgaridade agonizante. Eu, que sempre quis ser especial. Esta constatação arrepia-me, a frustração de um desejo roto causa-me a angústia daqueles que nunca se realizaram.
Fujo deles.
Serei como eles?

sexta-feira, setembro 16, 2005

Dou por mim a perguntar quem sou. Olho-me ao espelho e não me vejo. Perdi-me algures por aí. Não conheço minha voz, nem meu corpo. Minha alma não serve em mim. Os pensamentos estão apertados e as palavras lassas. Nada cabe em seu lugar.
Perdi-me algures por aí. Não sei onde, mas sei que sim.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Tenho um encontro marcado comigo.Está agendado para um dia que não chega, para uma hora que o relógio não marca. Mas este dia existe. E nele, eu vou conhecer-me. "Olá", direi a mim. E ao encontrar-me, vou de novo confiar, acreditar no Mundo. Acreditar-me. Quando conversar comigo, não estas conversas-batalha que travo todos os dias dentro de mim, mas um diálogo entre o meu corpo e a alma que me fugiu, voltarei a sorrir, e a olhar o que me envolve como quem enfrenta, não como quem se esconde.
Mas será que me quero conhecer?
Tenho medo do enigma que sou, enigma que, tal como a Esfinge, me devora se eu não achar a resolução.

terça-feira, setembro 13, 2005

Boas Vindas

"Eu canto para quem?", canta Adriana Calcanhoto em Esquadros. Pois bem, nós escrevemos. Para quem? Não sabemos quem nos lerá, nem se nos lerão, mas ansiamos por comentários e opiniões de quem, possivelmente, partilhe connosco este espaço.
Agradecemos, desde já, quaisquer visitas!