quinta-feira, março 29, 2007

Before sunset...

Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my thoughts
Let me sing you a waltz
About this one night stand
You were for me that night
Everything I always dreamt of in life
But now you're gone
You are far gone
All the way to your island of rain
It was for you just a one night thing
But you were much more to me
Just so you know
I hear rumors about you
About all the bad things you do
But when we were together alone
You didn't seem like a player at all
I don't care what they say
I know what you meant for me that day
I just wanted another try
I just wanted another night
Even if it doesn't seem quite right
You meant for me much more
Than anyone I've met before
One single night with you little Jesse
Is worth a thousand with anybody
I have no bitterness, my sweet
I'll never forget this one night thing
Even tomorrow, in another arms
My heart will stay yours until I die
Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my blues
Let me sing you a waltz
About this lovely one night stand

Julie Delpy - A Waltz For A Night


Se a procura cansar, encontram-no aqui....

quinta-feira, março 22, 2007

A menina seguia o seu caminho, uma longa estrada, sempre sozinha.
E sozinha, ia encontrando amigos, errantes caminhantes que, tal como ela, seguiam em frente sem saber o que se encontrava no final de tudo, ou sem sequer ter confirmação da existência desse final.
Um sorriso aqui, um beijo ali, uma conversa que quebrava a solidão, de tempos a tempos, quebra necessária de um estado tão estanque, tão permanente.
E um dia, no meio do trajecto, de passos cabisbaixos e melancólicos, a menina ouviu uma voz, tão só e melancólica como ela mesma.
Levantou a cabeça, e os seus olhos encontraram uns olhos escuros, tão escuros como a sua solidão.
E ela soube. Ela viu.
E aí ela continuou a caminhar...E alguém lhe agarrava a mão...
O que se procura não está no fim. Encontra-se no durante...

segunda-feira, março 12, 2007

“Não me dês mais que três minutos de atenção”.
Dou. Dou três minutos, uma hora, um dia, todos os dias, todo o tempo que o tempo me der.
É teu. E tu sabes, e dás-me o teu tempo também.
Trocamos palavras, imensas, e cada uma delas revela os nossos mundos, e o Mundo que queremos construir. Trocamos os sonhos, ganhamos vontades, partilhamos os dias por entre dias que se perdem entre o tudo e o nada.
Mas é o nosso tudo-e-nada.
E penso no porquê de tantas letras e frases não traduzirem o que eu sinto, o que eu teimo em calar, o que implode em mim contra a minha própria vontade!
Eu não quero calar.
E também penso porque calas tu o que quase consigo sentir de cada vez que te leio.
Porque não insisto em dizer bem alto o que se vê, quando a transparência do nosso silêncio me grita aos ouvidos?

terça-feira, março 06, 2007

Ausência

À minha frente, o papel está agora vazio, a caneta não “sente” o que escrever.
A melancolia não chega, a palavra não ganha vida. Não rodopia sozinha, como se da minha alma tudo soubesse. Da alma e do coração.

Tempo de ausência.
Ausente por estar feliz.

Sinto. Ai, pois sinto, e sinto TANTO!

Sinto a chuva a dar-me um beijo, sinto o cheiro das árvores por onde passo todos os dias (quase que as ouço respirar), sinto o Sol que espreita timidamente atrás da nuvem branca, qual doce pronto a ser trincado!

Sinto o sorriso de cada amigo, sinto quando ouço os seus "gosto de ti"!

Sinto cada música, sinto o bom e o mau de cada som..Como sinto...

Sinto cada letra, cada palavra, cada texto que fala de Amor, de amores enormes, de amores vividos ou sonhados.

Sinto esses amores, sinto os meus amores, sonho esses amores... E rio!

Porque hoje sinto tudo, ainda mais gigante, ainda maior do que o que sinto em noite de Lua cheia.

E porque é bom sentir. :)