domingo, outubro 28, 2007

Sala...

Queria-te aqui.
Aprendi a sair do quarto escuro.
Melhor, ensinaste-me.
Deste-me a mão, e puxaste-me desta sala que me prendia, com teias de ferro, gélidas, só visíveis à minha alma, de olhos bem fechados e aperto no peito.
Soltaste nós, e puxaste-me por uma ponta solta.
Mas ainda sinto o desalinho de novelo caído, desfiado, confuso.
O Mundo fora do quarto baralha, e nem sempre estás lá para me dizer "Tudo está bem".
Queria-te aqui.
Preciso-te, agora, aqui.
"Amar é bom se houver, no fundo de um de nós, alguma solidão."
E quando há muita? E quando o substantivo "sozinha" ainda arde na pele como queimadura recente, e não ha bálsamo que apazigúe a dor?
Digo-me feliz, sinto-me feliz, e no entanto...O desespero de sempre dói.
Mói.


(Aninhada num canto do meu quarto escuro...)