Compulsões de quem vive. Sou uma vivedora compulsiva! Para quê a negra sombra que sempre me acompanha, se o Sol continuamente brilha?
"Faz parte". Pois faz. Mas o conformismo nunca foi o meu forte. Abstracção de facadas fictícias de ontem para um sorriso sincero, uma gargalhada estrondosa, minha, só minha!
E adorei o facto de me saber sorrir, com os lábios, com os olhos, com a alma.
Colori-me no livro da vida. Roupas berrantes, com rosas e laranjas gritantes de tudo o que me falta sentir. Não esgoto o que em mim permanece latente, à espera, à escuta do sinal que me sacudirá para o lado de lá do vidro, o lado onde tudo acontece. Onde não existem cobardes com medo de chorar, rir, gritar, amar, viver, morrer. Vidro...metáfora difusa do interposto entre mim e o Mundo.
Vou viver enquanto puder. Enquanto me for permitido ser, transpirar todo o meu "eu" por cada gesto da minha mão, cada olhar lançado a outro, cada beijo apaixonado de uma qualquer entrega, efémera ou perene, não interessa.
O interesse é ser.
Abrir ao Mundo o que de melhor e pior escondo, tudo o que ele me pede e lhe recuso. Porque senão, o que será Dele?
Hoje acordei, sorri e disse: "queres conhecer-me?".
" E eu não sei viver a preto e branco, não..."- Susana Félix
1 comentário:
Tanta vontade de viver
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