A menina seguia o seu caminho, uma longa estrada, sempre sozinha.
E sozinha, ia encontrando amigos, errantes caminhantes que, tal como ela, seguiam em frente sem saber o que se encontrava no final de tudo, ou sem sequer ter confirmação da existência desse final.
Um sorriso aqui, um beijo ali, uma conversa que quebrava a solidão, de tempos a tempos, quebra necessária de um estado tão estanque, tão permanente.
E um dia, no meio do trajecto, de passos cabisbaixos e melancólicos, a menina ouviu uma voz, tão só e melancólica como ela mesma.
Levantou a cabeça, e os seus olhos encontraram uns olhos escuros, tão escuros como a sua solidão.
E ela soube. Ela viu.
E aí ela continuou a caminhar...E alguém lhe agarrava a mão...
O que se procura não está no fim. Encontra-se no durante...
1 comentário:
Temos um caminho a seguir...
Às vezes não sabemos qual o melhor trajecto mas aí é que está a graça, a fuga à rotina, a surpresa do próximo passo, a imprevisibilidade de cada situação e de cada gesto, que nos remetem para a consequência do nosso acto...
Devemos aproveitar cada momento pois "O que se procura não está no fim". Por vezes não damos valor ao que temos, por vezes não dizemos/fazemos aquilo que deve ser dito/feito no momento certo...
De uma coisa tenho a certeza e concordo contigo nox, o caminho "Encontra-se no durante"...
(nice post)
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