domingo, abril 02, 2006

Sempre


Implode em mim vontade louca de fugir.
Reminescências de sempre, do passado-presente-futuro que fui-sou-serei.
Planície coberta de rosas, eu ruborizada como as pétalas róseas do meu jardim infame, roseiral espinhoso onde me perdi há muito.
Labirinto infindável, insondável, onde o céu desaba em chuva e o sol se esconde sempre, para sempre. A noite eterna. A minha Noite.
Sempre.
Soberana do meu mundo, para quê?
Reino sobre mim, mas excluo forasteiros devaneios que me raptam, traiçoeiros.
Desesperada.
Entre mim e o meu sonho de mim, vou existindo eu.
Dois estados concomitantes, extremos opostos e singulares que anseiam absolvição, penitentes do que não foi.
Sempre.

(Imagem retirada do Google)

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