A Primavera abraça-me e eu agradeço tudo o que ela me dá, tudo o que os meus olhos bebem desta imensa estação repleta de combatentes do sombrio e do soturno.
Mas, com muita atenção, apercebo-me que foi em mim que o Sol nasceu.
O amanhecer aconteceu no meu peito, no meu sorriso, no meu olhar.
A manta negra foi jogada fora, a pele assumiu em pleno o seu papel de guardiã, sem subterfúgios para desculpas de depressões (in)justificadas por rasgos na alma.
Cosia-a...e a pele denuncia as costuras, cicatrizes do que foi, marcas indeléveis para sempre me lembrar.
De tudo. Do que fui.
Para construir o que ainda não sou.
Melhor.
4 comentários:
Fico orgulhoso por ter ajudado nessa cicatrização ;) *
as cicatrizes curam-se assim. ao ar livre.
pessoalmente em mim as estações não produzem grande alteração do estado de espírito apesar de sentir que já não tenho tanta hostilidade em relação ao verão como tinha antes.
Pode estar a fazer mau tempo mas se em nós o sol brilhar é que interessa. Nunca deixes que ninguém te tire o sol, por momentos ele pode-se esconder mas desaparecer para sempre nunca. beijinhos***
as cicatrizes são mapas.
quem as tem, tem sempre mais razões para andar menos perdido.
(:
*
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