A Primavera abraça-me e eu agradeço tudo o que ela me dá, tudo o que os meus olhos bebem desta imensa estação repleta de combatentes do sombrio e do soturno.
Mas, com muita atenção, apercebo-me que foi em mim que o Sol nasceu.
O amanhecer aconteceu no meu peito, no meu sorriso, no meu olhar.
A manta negra foi jogada fora, a pele assumiu em pleno o seu papel de guardiã, sem subterfúgios para desculpas de depressões (in)justificadas por rasgos na alma.
Cosia-a...e a pele denuncia as costuras, cicatrizes do que foi, marcas indeléveis para sempre me lembrar.
De tudo. Do que fui.
Para construir o que ainda não sou.
Melhor.