De alma cansada e pesada o que deixo são palavras soltas.
Textos incoerentes - como a minha alma e o meu coração.
-> A anatomia enganou-se.
O coração não bate para nos manter vivos.
O coração bate para lembrar quem nos faz viver.
-> Hoje eu vi o meu passado.
Sentado à minha frente.
A sorrir para mim.
-> Não foi bom. Não foi mau.
-> Como se uma estranha eu fosse olhavas para mim e fingias sorrir.
Ar de espanto e desalento mostravas tu.
Ar de quem foge da vista e se esconde na sombra de outro alguém.
-> Mas de quem tens medo afinal?
De mim...Ou de ti?
sexta-feira, maio 26, 2006
quarta-feira, maio 17, 2006
O interesse é ser
Compulsões de quem vive. Sou uma vivedora compulsiva! Para quê a negra sombra que sempre me acompanha, se o Sol continuamente brilha?
"Faz parte". Pois faz. Mas o conformismo nunca foi o meu forte. Abstracção de facadas fictícias de ontem para um sorriso sincero, uma gargalhada estrondosa, minha, só minha!
E adorei o facto de me saber sorrir, com os lábios, com os olhos, com a alma.
Colori-me no livro da vida. Roupas berrantes, com rosas e laranjas gritantes de tudo o que me falta sentir. Não esgoto o que em mim permanece latente, à espera, à escuta do sinal que me sacudirá para o lado de lá do vidro, o lado onde tudo acontece. Onde não existem cobardes com medo de chorar, rir, gritar, amar, viver, morrer. Vidro...metáfora difusa do interposto entre mim e o Mundo.
Vou viver enquanto puder. Enquanto me for permitido ser, transpirar todo o meu "eu" por cada gesto da minha mão, cada olhar lançado a outro, cada beijo apaixonado de uma qualquer entrega, efémera ou perene, não interessa.
O interesse é ser.
Abrir ao Mundo o que de melhor e pior escondo, tudo o que ele me pede e lhe recuso. Porque senão, o que será Dele?
Hoje acordei, sorri e disse: "queres conhecer-me?".
" E eu não sei viver a preto e branco, não..."- Susana Félix
segunda-feira, maio 15, 2006
domingo, maio 14, 2006
Carrocel

A minha vida é um carrocel.
Voltas e voltas, em torno d um eixo imutável, objectivo enterrado em mim, que me trazem a um mesmo posto de espera, para uma nova volta no círculo interminável da procura.
E a vida é um carrocel.
Estagnação estática rodopiando no meu cavalo. E não saio do mesmo lugar. (Estes pensamentos lembram-me um anúncio a pensos higiénicos....Decadência!).
Que um dia o meu cavalo descarrile, e eu salte disparada para a acção de um outro filme, uma película que não termine com o trivial "e viveram felizes para sempre".
Não gosto de mentiras.
(Imagem retirada do Google)
domingo, maio 07, 2006
A noite foi quente, embora tremesse de frio. Lembraste? Eu sim.
Continuo transparente, como há meses escrevi. E isso continua a deter-me, a impedir-me de avançar, a estagnar-me no que ficou lá, num qualquer espaço longínquo, na Lua que procurámos e não vimos, pois só estrelas brilhavam naquele céu. Tão meu, e que foi nosso.
E a noite, sempre. Releio-me, repasso frases de outros "eus" meus, outras vidas nesta minha, tua, vossa.
Neste alguém que sou porque me fazem ser.
E continuamente procuro, insónias de quem já não dorme com medo de sonhar. Respiração alterada, ofegante, aceleração cardíaca de um músculo especial, aquele que bombeia sangue a todas as minhas células, para que eu viva.
Ingiro comprimidos mentais, anti-depressivos etéreos que permitem que a carapaça de palhaça cubra encarecidamente as partes fragmentadas de uma alma nunca una.
A descrença estende-me a mão...que eu agarro afincadamente para não cair no abismo de mim, na sombra negra que emano do meu olhar claro, quando recordo.
"Não penses nisso". E eu não penso.
Mas sinto.
quarta-feira, maio 03, 2006
Ornatos Violeta...afogo-me em letras que traduzem o que a minha alma não escreve. Ouço amores, dores, anseios e loucuras na voz de Manuel Cruz, palavras que poderiam ser minhas, mas que eu não queria. Não.
Roubaram-me parte do coração. Como é possível, se o não tenho? Fria, chamam-me. E agora....derreti quando uns lábios mornos tocaram os meus.
Lateja em mim, na minha cabeça, no meu peito, em algo ainda mais dentro, mais fundo, uma dor de sonho caído. Mas que sonho? Quando o ergui?
Num dia, numa hora, num minuto. Aquele minuto. Não o encontro. Se o encontrasse, não construia alicerces para o que viria a ser um castelo sonhado.
Derrubado, como um castelo de areia que uma criança com um simples balde eleva na praia, e que as ondas gélidas tocam...como um "não" toca quando o "sim" queremos ouvir.
Como me dei assim, porque me dou assim, logo, tanto? Devia evitá-lo, manter distâncias quando proximidade procuro, fechar-me em mim quando quero ser, ter, dar, receber.
Mas não sofrer. E no fim, pagamento com juros de carências que não matei.
Não evito, porque sou eu. Fui eu. Só.
Enfim..."Fala FIM mas com determinação".
E falaste. Disseste "Não".
"Bastava um dia p'ra mostrar quem sou
Embore ignore agora com quem vou"...-Ornatos Violeta
(Exageros grandes de alma pequena. Ou maior. Minha)
terça-feira, maio 02, 2006
Tale as old as time
True as it can be
Barely even friends
Than somebody bends
Unexpectedly
Just a little change
Small, to say the least
Both a little scared
Neither one prepared
Beauty and the Beast
Ever just the same
Ever a surprise
Ever as before
Ever just as sure
As the sun will arise
Tale as old as time
Tune as old as song
Bittersweet and strange
Finding you can change
Learning you were wrong
Certain as the sun
Rising in the east
Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast
Filme "A Bela e o Monstro"
Hoje a minha infantilidade acentua-se.
Figuras ingénuas num corpo de mulher.
Incoerências de uns, lágrimas de outros.
Mas amanhã, vou estar melhor.
Eu sei que sim.
True as it can be
Barely even friends
Than somebody bends
Unexpectedly
Just a little change
Small, to say the least
Both a little scared
Neither one prepared
Beauty and the Beast
Ever just the same
Ever a surprise
Ever as before
Ever just as sure
As the sun will arise
Tale as old as time
Tune as old as song
Bittersweet and strange
Finding you can change
Learning you were wrong
Certain as the sun
Rising in the east
Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast
Filme "A Bela e o Monstro"
Hoje a minha infantilidade acentua-se.
Figuras ingénuas num corpo de mulher.
Incoerências de uns, lágrimas de outros.
Mas amanhã, vou estar melhor.
Eu sei que sim.
terça-feira, abril 04, 2006
domingo, abril 02, 2006
Sempre

Implode em mim vontade louca de fugir.
Reminescências de sempre, do passado-presente-futuro que fui-sou-serei.
Planície coberta de rosas, eu ruborizada como as pétalas róseas do meu jardim infame, roseiral espinhoso onde me perdi há muito.
Labirinto infindável, insondável, onde o céu desaba em chuva e o sol se esconde sempre, para sempre. A noite eterna. A minha Noite.
Sempre.
Soberana do meu mundo, para quê?
Reino sobre mim, mas excluo forasteiros devaneios que me raptam, traiçoeiros.
Desesperada.
Entre mim e o meu sonho de mim, vou existindo eu.
Dois estados concomitantes, extremos opostos e singulares que anseiam absolvição, penitentes do que não foi.
Sempre.
(Imagem retirada do Google)
sábado, abril 01, 2006

Recomeço de um passado recente, tão próximo como o amanhecer do dia que sucede esta noite onde me afundo, onde me lembro triste e solitária como em todas as noites onde a Lua não brilha.
Hoje não há luar.
Mergulhei novamente nas trevas da incerteza, no gélido e pesado sentir de quem nada sabe e tudo espera.
A espera.
Não contesto este destino (?), esta inevitabilidade, ou este tem-de-ser, sei lá!
Hoje lágrimas traçaram caminhos no meu rosto, lágrimas-filhas das derramadas à meses, à anos. Noutra vida. Lágrimas frustradas, humilhadas, sentidas, fingidas. De nadas. Por tudo.
Vazias.
(Imagem retirada do Google)
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